Estratégias de final de ano

O final de ano parece distar, embora seja um mito em termos de estratégia financeira, de investimento ou fiscal; já que, é comum desconsiderar essas estratégias ao longo do ano. O objetivo é apresentar doze dicas valiosas para evitar tais riscos a nível pessoal e corporativo.

A nível pessoal esteja ciente de:

  1. Limite máximo do salário para evitar impostos extras devido a prémios de produtividade ou similares; mas, não sendo possível (felizmente), verifique infra
  2. Se despesas inferiores ao limite dedutível considere:
    1. Aumentar as despesas com alimentação (por exemplo, restaurantes ou supermercados)
    2. Um plano de seguro saúde para si ou toda a família
    3. Investir na sua educação ou de membros da família
    4. Seguro de vida ou planos de investimento de reforma
    5. Doar a uma instituição de caridade qualificada
    6. As despesas veterinárias dos seus animais
    7. Invista em ouro ou similar para evitar impostos

A nível empresarial, as questões são mais complexas, uma vez que variáveis ​​extras influenciam o resultado potencial. Essas variáveis ​​dependem: i) do tipo de investimento, ou seja, tangível ou intangível; e, ii) estratégia corporativa financeira.

Em relação a um investimento tangível é importante compreender alguns condicionantes: i) opção reprodutiva ou não; ii) em caso afirmativo, probabilidade de uso e dedução da taxa de amortização; iii) se não, em que medida essa compra tem um impacto negativo.

Um exemplo é a diferença entre uma máquina ou ferramenta de produção e um veículo. Caso a empresa possua veículos em número suficiente, tal investimento poderá ser auditado pelo Fisco, ainda que a opção de compra seja um carro elétrico; enquanto, uma máquina ou ferramenta para produção não tem implicações adicionais (conexão à atividade operacional). Além disso, o valor do investimento necessário para cada opção pode variar consideravelmente dependendo do negócio. Por exemplo, uma máquina de moldagem pode facilmente representar um investimento acima de 500.000EUR.

Quando o objetivo são opções intangíveis, seguros de saúde/vida ou fundos de poupança reforma, requer a análise de dois critérios: i) equidade da decisão; e, ii) consistência do argumento ao longo do tempo. A equidade de decisão reconhece um princípio de justiça, ou seja, para obter o benefício fiscal a empresa não pode discriminar trabalhadores com funções, responsabilidades ou nível de hierarquia semelhantes. Um exemplo é uma regra aleatória para os trabalhadores terem acesso ao seguro de saúde; embora, uma regra potencial justa esteja relacionada com a hierarquia ou anos de empresa. Essa regra deve ser consistente ao longo do tempo, ou seja, alterações injustificadas podem envolver uma auditoria fiscal. Assim, estes critérios são simultaneamente interdependentes e mutuamente exclusivos.

Outra questão a ser considerada em relação aos seguros de vida ou aos fundos de poupança-reforma é o limite legal dos benefícios fiscais, ou seja, o percentual sobre o valor total dos salários.