Criptomoedas: O Desafio da Regulamentação

Importa lembrar que, apesar de um contexto favorável, as criptomoedas comportam elevados riscos de regulamentação e de transparência associada ao valor económico. Logo, a resposta do seu verdadeiro benefício é uma incógnita que requer uma análise cuidada.

De facto, um benefício das criptomoedas é o incremento da segurança e privacidade aos utilizadores quando comparada com a moeda tradicional. Contudo, a existência reduzida de cofres de transações ou valores existentes e que sejam transmissíveis representa em elevado risco. Mesmo considerando a mais valia da tecnologia encriptada os riscos de segurança são elevados frutos da interdependência de sistemas.

Por outro lado, o reconhecimento cabal da privacidade incorre num conjunto potencial de ameaças à segurança comum. Exemplos são: lavagem de dinheiro, esquemas similares ou financiamento do terrorismo. Note-se que tal não é exclusivo das moedas digitais, contudo o tracking neste caso revela-se verdadeiramente desafiador.

No que respeita à transparência associada ao valor económico, ainda que assumindo o conceito de bem intangível, o risco é elevado. Um exemplo claro na economia mundial é o ciclo contínuo de crises financeiras desde da ausência total de regulação de criar moeda face às reservas de ouro (e não de forma plena).

Mais, basear o seu valor facial exclusivamente no mercado é um sério risco, assim como, se traduz de forma plena o seu valor via especulação. E, assumindo, cada vez menores índices de literacia financeira e/ou entendimento das conexões económicas no seu todo, o desafio de famílias com perdas totais das suas poupanças pode ser uma realidade. É óbvio que se pode argumentar sobre qual a diferença para produtos financeiros de elevado risco (por exemplo não estruturados); contudo, aprender com a história é vital.

Em suma, o desafio presente em torno da realidade das criptomoedas é obter um equilíbrio entre utilização, segurança e transparência das atividades associadas.