O que significa criptomoeda? Na prática traduz qualquer forma de moeda digital ou virtual que explora dados encriptados para garantir a realização de transações. Estas não derivam de autoridade central de emissão ou reguladora, ou seja, utilizam um sistema descentralizado para registar transações e emitir novas unidades. Ou seja, não cumpre na plenitude todos os requisitos tradicionais de moeda: i) unidade de conta sob alçada de um banco central; ii) reserva de valor; e, iii) ser meio de troca.
Então, qual o motivo para um debate ou a elevada cobertura mediática do tópico? A realidade é que o peso económico destas moedas na economia mundial já é representativo; e, o debate em torno do modelo económico da criação da moeda é há muito questionado. E, independentemente da visão, as criptomoedas são verdadeiras representantes da Web 3 (partilha e não centralidade). A componente segurança será debatida futuramente.
Mas como ocorre o processo de criação de moeda? Estas são geradas via processo de mineração computacional, logo significa que explora as potencialidades de máquinas dedicadas a solucionar problemas matemáticos complexos. Os utilizadores também podem adquirir moedas através de corretoras, por conseguinte armazená-las e gastá-las por meio das suas carteiras.Alguns exemplos de criptomoedas são:
- Bitcoin- fundada em 2009 foi a primeira criptomoeda e continua a ser a mais negociada. Desenvolvida por Satoshi Nakamoto, pseudónimo de um indivíduo ou grupo de pessoas, cuja identidade exata permanece desconhecida;
- Ethereum- desenvolvida em 2015 sob a égide da plataforma de blockchain da própria criptomoeda. É a criptomoeda mais popular após a Bitcoin;
- Litecoin- semelhante à Bitcoin, com rápida evolução e visa desenvolver inovações, nomeadamente ao nível de pagamentos e processos mais rápidos de transações;
- Ripple- sistema de livros distribuídos fundado em 2012. Tem um espetro mais alargado, pois permite rastrear díspares tipos de transações e não somente. A empresa que a desenvolveu cooperou com vários bancos e instituições financeiras (tentativa de aceitação).
Por fim, como adquirir criptomoedas? Regra geral, e não ignorando os potenciais riscos, é necessário escolher a plataforma (corretora tradicional versus câmbio). As corretoras ofertam vários ativos financeiros para além das cripto, como seja ações, títulos e ETFs; enquanto que, as de câmbio são bolsas de armazenamento cujas taxas são cobradas sob os valores dos ativos.
O passo seguinte é a transferência de fundos para a conta de modo a poder negociar, sendo que as normas variam de plataforma para plataforma. Evite aquisição via cartão de crédito até porque algumas empresas do setor não o permitem. Por fim, é promover o pedido associado à aquisição das criptomoedas e gerir a carteira de ativos similar a outra qualquer.