Antes de abordar o tópico, importa relembrar o conceito de sustentabilidade: forma de promover a satisfação de necessidades atuais sem comprometer gerações futuras. Ou seja, é necessário cumprir com um requisito ético: equidade intergeracional!
Equidade intergeracional impõe não onerar excessivamente a geração presente com despesas atuais que geram riqueza futura com custo diferido ao longo do tempo; nem agravar de forma excessiva a geração futura com despesas que tenham beneficiado a geração anterior.
Por outro lado, greenwashing é a falsa impressão ou informação “contrária” acerca da natureza ambiental dos produtos de uma empresa. Tal reconhece, dissimular de forma intencional, informação sobre o impacto ou a natureza ambiental dos produtos aos consumidores.
Assim, as questões a colocar são: i) o greenwashing afeta ou não a sustentabilidade?; ii) em caso de resposta positiva ou negativa em que dimensões?; e, iii) é possível estimar esse impacto? Da interação entre os três conceitos a resposta é entendível: é um claro sim!
Tal resposta deve ser analisada à luz de uma abordagem holística, pois o resultado decorre da interação de múltiplas dimensões:
- Dimensão ética- a falta de transparência e de virtude processual deestrutura pela base qualquer nível de confiança na esfera governativa de uma sociedade
- Dimensão psicológica- fruto do ponto anterior a desconfiança impera e não permite uma verdadeira partilha ou espírito de cooperação (mecanismo de auto defesa)
- Dimensão ambiental- os recursos afinal não estão a geridos à luz do princípio da equidade intergeracional.
Em suma, é possível estimar o impacto do greenwashing na sustentabilidade. Todavia, requer um modelo de análise custo/benefício melhorado para relacionar elementos de índole quantitativa e qualitativa através do estudo da cadeia de valor (por exemplo).
