As previsões económicas para 2024 indicam um abrandamento acentuado da economia global, pois todos os blocos económicos (Estados Unidos, China, UE, etc.) revelam díspares dificuldades. Note-se que este “síndroma” global traduz desafios e oportunidades como em qualquer ciclo económico.
Os Estados Unidos via da indecisão política das futuras presidenciais e a sua elevada dívida interna (esforço de guerra da Ucrânia); a China porque a sua taxa de crescimento é continuamente inferior à taxa natural; e, a União Europeia fruto da sua dependência estratégica. Esta análise é uma abordagem simplista, contudo representativa da realidade atual até porque o foco são as previsões de per si (em particular União Europeia e Portugal).
A OCDE diminuiu a previsão de crescimento português para 1,2% em 2024 devido à redução da confiança das famílias e empresas (pessimismo). Os motivos são vários: i) o cenário político de eleições antecipadas; ii) o comportamento das taxas de juro; e, o iii) o preço da energia. Assim, ao invés dos 2,5% (2024) e 1,5% (2025) previstos em Junho, a previsão atual repito é 1,2%. Todavia, em 2025 a expetativa ronda os 2,2%, porque a atividade económica nacional na perspetiva do mercado de trabalho (resiliência).
Por seu turno, em 2025, a Comissão Europeia estima um crescimento abaixo da OCDE (1,8%). Para 2024 espera-se 1,4% fruto do decréscimo da taxa de inflação associado à queda acentuada dos preços da energia (ainda não sentido pelo consumidor final). Aliás, a Comissão aponta que “a fraca procura externa, bem como, o aumento das despesas com juros das famílias e das empresas, mantenham o crescimento económico moderado no curto prazo”.