Projeções económicas II (União Europeia)

O boletim da Comissão Europeia aponta para um crescimento da União Europeia (UE) de 4,2% para o ano de 2021 e de 4,4% para 2022. São apresentados dados muito mais favoráveis em comparação às previsões de Inverno, apresentadas em fevereiro. Já entre os Estados-Membros as taxas continuam a ser divergentes, mas estima-se que voltem a atingir os valores pré-crise.

A pandemia Covid-19 representou um choque nas economias europeias, sendo que a retoma iniciada no Verão de 2020, foi interrompida pela 3ª vaga, com novas medidas de saúde pública. Contudo, poderá assistir-se a uma forte retoma da UE, com o aumento das taxas de vacinação a aumentar e o abrandamento das restrições. A causa desta melhoria será via consumo privado, o investimento e o aumento das exportações da UE.

Após o impacto da pandemia nos mercados de trabalho, o emprego tem vindo a aumentar após o segundo semestre de 2020, criando uma diminuição das taxas de desemprego registadas na maioria dos Estados-Membros. A previsão é de atingir os 7,6% de taxa de desemprego em 2021 e de 7% em 2022, continuando a ser valores superiores aos registados antes da crise.

Ao longo do ano a inflação irá variar de forma significativa devido às alterações dos preços da energia e das alterações das taxas de IVA. A previsão atual da inflação na UE é de atingir os 1,9% em 2021 e 1,5% em 2022. Prevê-se que, na UE, o rácio da dívida pública em relação ao PIB deve atingir este ano um pico de 94%, prevendo que em 2022 possa diminuir para os 93%.

Todas estas perspetivas, apresentam riscos muito elevados, pois podem vir a obter melhores ou piores resultados conforme a evolução da situação epidemiológica. Se o calendário da supressão das medidas de apoio, não for cumprido atempadamente, irá ter repercussões nos mercados e na economia europeia.

Segundo Paolo Gentiloni, comissário responsável pela Economia: “Após a falta de dinamismo registada no início do ano, projetamos um forte crescimento em 2021 e 2022. (…) É óbvio que manter o bom ritmo da vacinação atualmente alcançado na EU também será crucial, tanto para proteger a saúde dos nossos cidadãos, como para salvaguardar as nossas economias. Chegou, portanto, o momento de lançar mãos à obra.”