Economia circular

Na publicação de Setembro abordou-se a relação entre economia circular e produtos em “segunda mão”; contudo, como definir economia circular? Quais as suas dimensões de análise? E, qual a sua relação com sustentabilidade?

Entende-se por economia circular um modelo de produção/consumo que reconhece a partilha, aluguer, reutilização, reparação, renovação e a reciclagem de materiais e produtos quando tal é possível. Ou seja, o objetivo é incrementar o período de vida útil (ciclo) dos produtos visando reduzir o desperdício ou os resíduos ao mínimo para diminuir o impacto ambiental.

Assim, quando um produto termina o seu ciclo de vida, os materiais são reinseridos na economia à luz da potencial reciclagem, pois depende da taxonomia do produto. Produtos com elevada capacidade de reciclagem traduzem um elevado número de reutilizações, ou seja, potenciam uma maior criação de valor.

Isto significa um claro contraste com o modelo económico tradicional de produção e consumo contínuo sem reutilizar. Este requer elevadas quantidades de matérias-primas e a baixo preço, assim como, energia e capital (intensidade). Logo, relaciona-se de forma estreita com sustentabilidade pois esta intenta satisfazer as nossas necessidades atuais sem comprometer idêntica oportunidade por parte das gerações futuras.