Europa: Transição energética para alternativas mais verdes

Com os preços do combustível tendencialmente elevados e sem perspetiva de melhoria prevê-se um dilema político, económico e social na Europa. O tempo urge assim como o número de opções, logo a aposta deve ser alternativas mais verdes. No passado dia dezassete, foi noticiado pelo jornal Bloomberg, que a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma da China proibiu as maiores energéticas do país de revenderem energia. Assim, as importações de Gás Natural Liquefeito visam exclusivamente o abastecimento doméstico, evitando exportações para a Europa. Em Bruxelas, a Comissão Europeia, propôs a criação de um “corredor de preços dinâmico temporário” como forma de limitar o preço do gás natural.

O objetivo é criar um intervalo abaixo do valor de mercado para evitar uma excessiva oscilação de preços, sendo na prática comparável ao limite inferior da famosa “Serpente Monetária”. Esta medida integra o segundo pacote de políticas de intervenção de emergência, e cuja aplicabilidade é apenas durante três meses. Todavia, a entrada em vigor da medida depende da aprovação dos 27 países; e, por exemplo, a Alemanha, Áustria e Países Baixos argumentam que tais limites podem impor escassez de gás ou desacelerar a economia. E, em Portugal, a aposta estratégica são as energias renováveis porque: i) o objetivo é ser um dos primeiros quatro países europeus a abandonar o carvão; e, o Governo, acredita que a presente crise energética não afeta a decisão de encerramento da central termoelétrica do Pego; ii) 80% da produção ser proveniente de fontes renováveis até 2026. Contudo, alguns especialistas, defendem que a capacidade de produção do país é fortemente condicionada pelos combustíveis fósseis.

A consequência imediata, a fim de acelerar a transição energética, é a disponibilização de 2.100 milhões de euros pelo Governo via Orçamento de Estado para 2023. As áreas de investimento indicadas são: a i) a renovação de frotas automóveis; ii) renovação de edifícios; iii) instalação de painéis fotovoltaicos e outros equipamentos para edifícios mais eficientes (conexão à certificação energética).